6 tendências tecnológicas que podem ajudar a sua empresa
6 tendências tecnológicas que podem ajudar a sua empresa
Com a democratização da tecnologia, soluções mais baratas e até mesmo gratuitas ajudam empreendedores na gestão do seu negócio
Falar sobre aplicar tecnologias como big data, inteligência artificial e realidade virtual nos negócios pode parecer algo distante para quem é dono de uma pequena ou média empresa. Mas a verdade é que inovações como essas já podem ser grandes aliadas de empreendedores que querem otimizar custos e processos em canais de venda, no atendimento ao cliente, na gestão financeira e até mesmo na forma de receber pagamentos.
“Hoje temos tecnologias disponíveis para todos os tipos de empresa. O que precisa ser feito é um bom planejamento, alinhado com o plano de negócios da companhia, buscando a inovação para se manter competitivo no mercado”, afirma Gerson Ribeiro, professor de comportamento do consumidor digital da pós-graduação da ESPM. Segundo ele, a tecnologia hoje é totalmente acessível e deve ser vista como obrigatória no dia a dia de qualquer empresa.
Para quem quer começar, o segredo é estudar e não ter medo de errar. “O ambiente digital e de inovação muda o tempo todo e o ponto mais importante é planejar, testar, mensurar e planejar novamente, sempre de forma automatizada e baseada em dados”, diz o professor. E o investimento nem sempre precisa ser tão alto.
“Hoje, há soluções mais baratas e tecnologias que conseguem ter um custo de acordo com a necessidade da empresa. No passado, existia muita preocupação quanto ao valor destinado para infraestrutura, máquinas e softwares. Agora, o grande ponto é que as soluções se adequam ao tamanho da empresa”, explica Eduardo Endo, diretor acadêmico dos MBAs da Fiap.
Um exemplo é o chatbot, que pode ser utilizado como atendimento ou como ferramenta de vendas. “Há exemplos em que um robô substitui cerca de quatro pessoas na operação, o que torna o negócio mais rentável e escalável”, diz Ribeiro. Segundo ele, outras oportunidades estão relacionadas com a comunicação: qualquer empresa pode trabalhar uma mídia digital 100% automatizada, baseada em metas predefinidas e operada por inteligência artificial.
Realidade virtual
Imagine uma rede de hotel trabalhando a experiência de sua hospedagem por realidade virtual. Ou um empreendimento imobiliário lançado 100% por VR. “Conheço casos em que não foi construído estande de vendas, mas uma plataforma que levava toda a experiência do condomínio, inclusive com simulação da vista do apartamento com gravações feitas por drone. Isso leva o consumidor a uma experiência real da compra. Pense no quanto isso pode aumentar a propensão de compra do consumidor”, explica Ribeiro.
Muitas empresas não conseguem medir o retorno sobre o investimento de uma venda, quantas vezes cada pessoa faz novas aquisições ao longo de um ano ou quais produtos ela compra. “O futuro da comunicação e dos negócios é entender cada vez mais a jornada de compra do seu consumidor e trabalhar uma mensagem personalizada, que atenda à necessidade do seu cliente. E isso só pode ser feito com um trabalho baseado em dados”, afirma.
Meios de pagamento digitais
Esse é um mercado que evoluiu muito nos últimos anos. A tecnologia near field communication (NFC) é a que tem ganhado mais popularidade por permitir que o cliente pague suas compras ou serviços apenas aproximando o celular, relógio ou pulseira de máquinas que suportam a tecnologia. Além de oferecer uma comodidade ao cliente, a empresa ganha praticidade e velocidade em suas vendas. A Rede, por exemplo, oferece também serviços com presença digital. Há maquininhas como a Smart Rede, que contam com uma loja de aplicativos com uma série de ferramentas para emissão de notas fiscais, automação comercial, gestão de estoque, emissão de relatórios e controle de caixa. “Para o pequeno e médio empresário, isso é muito importante, pois colabora com a gestão e, muitas vezes, traz taxas reduzidas para o negócio”, diz.
Internet das coisas
Reconhecimento facial
Hoje, já existem tecnologias em pontos de venda que conseguem, por meio do reconhecimento facial, realizar pesquisas de satisfação, entender comportamentos diante de um produto e até identificar o consumidor para trabalhar melhor a comunicação direcionada a ele. “No mercado americano, mais maduro com self check-out, já existe o conceito Smile to Pay: pelo reconhecimento facial, os produtos comprados são identificados pelo caixa, e o consumidor simplesmente sorri para o celular, que usa esse sinal como pagamento”, explica.
Fonte: Exame